Levo fé que esse seja um caminho legal para a sustentabilidade.
Mas não creio nem um pouco num bom futuro com esse pensamento. Explico.
Pensar em produtos e propostas para um mundo sustentável vai mais além do que gastar 2 litros de água no banho ou passar a andar mais de bicicleta. Seria muito superficial pensar nisso, é colocar a responsabilidade nos objetos, consequentemente retirá-la de nós.
Não creio que dessa maneira teremos um mundo mais harmonioso.
A idéia de "Green is Green" é falsa. Tão falsa quanto Al Gore, então ex vice presidente do país que mais desgraça trouxe ao planeta e que em seu mandato junto ao então presidente não assinaram nenhum tratado ou acordo tal qual Kioto, e hoje faz um vídeo ridículo, assumindo a mesma postura que sempre teve diante da Casa Branca, descolando junto a ONU, um Prêmio Nobel da Paz. Ou então, vir ao meu país propor a criação de ONG para despoluir o céu de São Paulo...
Não, definitivamente, não dá pra crer num progresso assim.
Quando empresas dizem: Ser ecológico vende mais... Sim, é certo, mas não pensem que isso modifica o planeta. A postura deve mudar, o pensamente deve mudar. A sustentabilidade vai contra o consumo, portanto contra o capitalismo e todas as empresas. Isso é fato. Estou certo de que o princípio oficial da história do Design está mais próximo de uma postura ecologicamente correta do que hoje.
Pensar em produtos ecologicamente corretos é mudar completamente a visão de mundo. Ir de encontro ao cosumo exagerado e inútil, ou seja, ir de encontro ao sistema.
Por isso eu, você e todos os que participam de uma sociedade consumista, não vamos mudar nem melhorar o planeta com produtos que gastem menos água ou leis autoritárias que incentivem lâmpadas fluorescentes...
Mas, retomando o início do texto... Levo fé. Pode ser um caminho pra daqui há uns 200 anos entenderem que o que deve mudar não são os objetos palpáveis fora do corpo, mas o invisível que nos habita.
28 de janeiro de 2008
Posted by Zin at 3:18 AM
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Um comentário:
Certamente só se faz uma grande mudança se ela começar dentro de cada um. Mas não podemos ser inocentes: empresas (pequenas, médias e grandas) buscam o lucro.
O 'ecológicamente correto' hoje é abraçado como um diferencial de mercado e não como caridade. Logo, será (como a qualidade de seus produtos) uma obrigação.
Do ponto de vista da sociedade o mais importante é que o discurso seja aprofundado. Só que dificilmente isso vai partir das empresas que pensam no modelo antigo.
Novos modelos, novas relações de trabalho serão necessários para embasar um novo homem com novo raciocínio em um novo mundo.
É possível? Eu também tenho fé, meu caro.
Abraço.
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